Jornada SAEB: lista de exercícios 1
Língua Portuguesa - 3ª série



Notícias e reportagens
1.
Os índios descobertos pelo Google Earth
Duas aldeias de indígenas que vivem isolados foram fotografadas pela primeira vez, na fronteira entre o Peru e o Acre. O sertanista José Carlos Meirelles, da Funai, havia encontrado,aindaem terra,vestígios de duas etnias desconhecidas e dos nômades maskos.
Rieli Franciscato, outra sertanista da Funai, localizou as coordenadas exatas das malocas pelo Google Earth, programa que fornece mapas por satélite. Meirelles, que procurava os povos havia 20 anos, sobrevoou a área e avistou os roçados e as ocas. O avião assustou a tribo, que nunca teve contato com o homem branco. As mulheres e crianças correram, e os homens tentaram flechar o avião. A exploração de madeira no lado peruano pode ter estimulado a migração das etnias para o território brasileiro.
Época, n. 524, 02/06/2008, p.17 (adaptado). 

De acordo com o texto, o primeiro contato entre os indígenas avistados e o homem branco despertou nos indígenas um sentimento de


a) amizade. 
b) alegria. 
c) dúvida. 
d) susto. 
e) Indiferença

Passo 1: leitura atenta e contextualizada
Peça aos estudantes que façam uma leitura silenciosa e, depois, compartilhem suas impressões com perguntas orientadoras como: “O que chamou mais atenção na atitude dos indígenas ao ver o avião?”, “Esse texto é informativo? Apresenta alguma opinião?” Explique que o texto trata-se de uma reportagem, que relata um fato real com informações descritivas e informativas.
Passo 2: identificação dos elementos-chave do texto
Ajude os estudantes a localizar as passagens mais importantes para a resposta. Releia com eles o trecho “O avião assustou a tribo, que nunca teve contato com o homem branco. As mulheres e crianças correram, e os homens tentaram flechar o avião.” Destaque as ações descritas e incentive-os a pensar sobre o que esses comportamentos revelam.
Passo 3: interpretação da reação dos indígenas
Provoque reflexões com perguntas como: “Se alguém corre ou tenta se defender com flechas, o que essa pessoa está sentindo?”, “Eles já tinham visto um avião antes?”. Oriente os estudantes a concluir que a reação dos indígenas foi motivada pelo medo do desconhecido. "Se você visse algo gigante e barulhento no céu pela primeira vez, como se sentiria?" (Isso ajuda a empatizar com a reação dos indígenas e reforça a ideia de susto.).
susto.

Resposta:
Gabarito: Alternativa D.

2.

Qual a origem do doce brigadeiro?
Em 1946, seriam realizadas as primeiras eleições diretas para presidente após os anos do “Estado Novo”, de Getúlio Vargas. O candidato Eurico Gaspar Dutra venceu com relativa folga. Mas o título de maior originalidade na campanha ficou para as correligionárias do candidato derrotado, Eduardo Gomes.
Brigadeiro da Aeronáutica, com pinta de galã, Eduardo Gomes tinha um apoio, digamos, entusiasmado. Para fazer o “corpo-a-corpo” com o eleitorado, senhoras da sociedade saíam às ruas convocando as mulheres a votar em Gomes com o slogan “Vote no brigadeiro. Ele é bonito e solteiro”. Não satisfeitas, ainda promoviam almoços e chás, nos quais serviam um irresistível docinho coberto com chocolate granulado, ao qual deram o nome, claro, de brigadeiro.
Almanaque das curiosidades, p. 89 (adaptado).

A finalidade desse gênero textual é

a)  propor mudanças.
b)  alertar as pessoas.
c)  expor uma informação.
d)  orientar procedimentos.
e)  corrigir erros em receitas.

Passo 1: leitura atenta e contextualizada
Peça aos estudantes que leiam o texto silenciosamente e, depois, discutam em grupo: “Esse texto foi escrito com que intenção?”, “Ele tenta convencer, alertar, instruir ou apenas contar algo curioso?”. Explique que se trata de um texto informativo, extraído de um almanaque, cujo objetivo é apresentar uma curiosidade histórica a origem do nome do doce brigadeiro.
Passo 2: identificação dos elementos-chave do texto
Oriente os estudantes a localizarem os dados centrais: o ano 1946; o personagem histórico Eduardo Gomes, brigadeiro da Aeronáutica; a campanha eleitoral e o envolvimento das mulheres; a criação do doce em apoio ao candidato. Esses pontos ajudam a perceber que o texto traz um relato factual e curioso, com finalidade puramente informativa.
Passo 3: análise da finalidade do texto
Estimule a reflexão com perguntas como: “O texto quer ensinar a fazer o doce?”, “Ele sugere mudanças ou dá avisos?”, “Ao ler esse texto, o que você aprendeu?”. Conduza os estudantes à conclusão de que a finalidade do texto é apresentar uma informação curiosa de forma leve, sem buscar convencer, instruir ou advertir.
Resposta:
O texto tem como objetivo principal expor uma informação de maneira acessível e interessante, revelando a origem histórica do nome do doce brigadeiro.
Gabarito: Alternativa C.

3.
Por que milho não vira pipoca?
Não importa a maneira de fazer a pipoca. Sempre que se chega ao final do saquinho, lá estão os duros e ruidosos grãos de milho que não estouraram. Essas bolinhas irritantes, que já deixaram muitos dentistas ocupados, estão com os dias contados. Cientistas norte-americanos dizem que agora sabem por que alguns grãos de milho de pipoca resistem ao estouro.
Há algum tempo já se sabe que o milho de pipoca precisa de umidade no seu núcleo de amido, cerca de 15%, para explodir. Mas pesquisadores da Universidade Purdue descobriram que a chave para um bem-sucedido estouro do milho está na casca.
É necessária uma excelente estrutura de casca para que o milho estoure. Cascas danificadas impedem que a umidade faça a pressão necessária para que o milho vire pipoca. “Se muita umidade escapar, o milho perde a habilidade de estourar e apenas fica ali”, explica Bruce Hamaker, um professor de química alimentar da Purdue.
Estado de Minas, 25 de abril de 2005 (adaptado). 

Segundo o texto, para o milho estourar e virar pipoca é preciso que o(a)
a) casca não esteja danificada.
b) grão seja mergulhado em água antes de cozinhar.núcleo seja cozinhado anteriormente.
c) núcleo de amido estoure bem devagar.
d) núcleo seja mais transparente que a casca.

Passo 1: leitura atenta e contextualizada
Peça aos estudantes que leiam o texto com atenção e depois conversem em duplas ou grupos pequenos. Questione: “Qual é a curiosidade científica que o texto está explicando?”, “O texto busca ensinar, informar ou convencer?” Explique que se trata de um texto jornalístico com caráter informativo, cujo objetivo é apresentar uma descoberta científica de forma acessível.
Passo 2: identificação dos elementos-chave do texto
Oriente os estudantes a localizar os trechos que explicam o fenômeno: “o milho de pipoca precisa de umidade no seu núcleo de amido”, “a chave para um bem-sucedido estouro do milho está na casca”, “cascas danificadas impedem que a umidade faça a
pressão necessária”. Esses fragmentos mostram que o papel da casca é essencial para que o grão de milho estoure e vire pipoca.
Passo 3: interpretação da explicação científica
Estimule os estudantes a pensar com perguntas como: “Se a casca estiver rachada, o que acontece com a umidade dentro do milho?”, “Qual a função da casca nesse processo de explosão?” Ajude-os a concluir que, com a casca danificada, o vapor escapa antes de atingir pressão suficiente, impedindo o estouro do grão.
Resposta:
O texto explica que o segredo para o milho estourar está na integridade da casca. Se ela estiver danificada, o grão perde umidade e não vira pipoca.
Gabarito: Alternativa A.

4.
Qual é o órgão mais dispensável do corpo humano?
Se você der o azar de lesionar um órgão, torça para ser o baço. Ele tem lá suas funções, como remover os glóbulos vermelhos velhos demais e produzir parte dos anticorpos que nos protegem de vírus e bactérias. Mas dá para viver sem ele, o que não rola sem coração, pulmões, fígado, estômago, pâncreas ou intestino sem os dois rins também não dá.
Quando alguém sofre uma pancada forte na barriga e danifica o baço a ponto de ele precisar ser removido, o fígado se encarrega da “limpeza” dos glóbulos vermelhos. Já a imunidade da pessoa fica debilitada com a menor produção de anticorpos.
Mundo estranho. São Paulo: Abril, fev. 2008, p. 31.

O objetivo desse texto é
a)  revelar como funciona o corpo humano.
b)  orientar sobre como cuidar da saúde.
c)  ensinar a evitar pancadas na barriga.
d)  explicar como se adquire imunidade.
e)  transmitir uma informação científica.

Passo 1: leitura atenta e contextualizada
Peça aos estudantes que façam uma leitura silenciosa e depois compartilhem suas impressões: “Sobre o que exatamente discorre esse texto?”, “O texto tenta convencer, orientar ou apenas informar?” Explique que se trata de um texto informativo, com tom descontraído, mas que traz dados científicos sobre o corpo humano, especialmente sobre o papel do baço.
Passo 2: identificação dos elementos-chave do texto
Ajude os estudantes a identificar os trechos que revelam a função e a dispensabilidade do baço: “Ele tem lá suas funções...”, “Mas dá para viver sem ele...”, “O fígado se encarrega da ‘limpeza’ dos glóbulos vermelhos”, “A imunidade da pessoa fica debilitada...”. Esses pontos mostram que o texto apresenta informações científicas de forma acessível, sem instruções diretas ou advertências.
Passo 3: análise da intenção comunicativa
Oriente a turma com perguntas como: “O texto está ensinando o leitor a fazer algo?”, “Ele quer convencer o leitor a mudar hábitos?” “Ou o texto está apenas compartilhando uma curiosidade baseada em ciência?”. Guie os estudantes à percepção de que o texto visa transmitir uma informação científica de maneira leve e interessante.
Resposta:
O texto não orienta, nem adverte ou ensina procedimentos. Seu objetivo principal é transmitir uma informação científica sobre o corpo humano, explicando de forma acessível por que o baço é considerado o órgão mais “dispensável”.
Gabarito: Alternativa E.

5.
Para que serve a febre?
A febre é um sinal de alerta de que algo vai mal no organismo. Mas cientistas do Roswell Park Center Institute, nos EUA afirmam que ela é bem mais do que isso. Segundo um artigo publicado por eles na “Nature Immunology”, a temperatura corporal elevada ajuda o sistema de defesa do organismo a identificar a causa de uma infecção e combatê-la.
Num estudo com camundongos, eles viram que, quando há febre, o número de linfócitos (tipo de célula de defesa) dobra. A febre funcionaria como um gatilho para o corpo se proteger de infecções.
Ana Lúcia Azevedo O Globo, n. 123.

O texto jornalístico anterior tem a finalidade de
a)  informar a descoberta da cura da febre.
b)  alertar o leitor contra os perigos da febre.
c)  ensinar o leitor a proteger-se das infecções.
d)  combater fake news divulgadas sobre doenças.
e)  aumentar a compreensão do leitor sobre a febre.

Passo 1: leitura atenta e contextualizada
Peça aos estudantes que leiam o texto com atenção e reflitam: “O que o texto nos revela de novo sobre a febre?”, “A febre é apresentada como algo negativo ou como parte de um processo natural do corpo?”. Explique que o texto é jornalístico e apresenta uma descoberta científica sobre a função da febre no organismo, com o objetivo de ampliar o conhecimento do leitor.
Passo 2: identificação dos elementos-chave do texto
Oriente os estudantes a observar os pontos centrais: “a temperatura corporal elevada ajuda o sistema de defesa...”, “o número de linfócitos dobra”, “a febre funcionaria como um gatilho para o corpo se proteger...”. Essas informações mostram que o texto não traz um alerta nem oferece instruções práticas, mas sim explicações científicas para aumentar a compreensão sobre um fenômeno comum do corpo.
Passo 3: análise da finalidade do texto
Provoque a reflexão com perguntas como: “O texto quer ensinar o que fazer em caso de febre?”, “Ele apresenta um alerta ou um aviso de perigo?”, “Você aprendeu algo novo sobre o papel da febre?”. Ajude os estudantes a perceber que o texto tem como objetivo principal explicar a função da febre com base em uma pesquisa científica, promovendo o entendimento do leitor.
Resposta:
O texto não propõe soluções nem oferece instruções práticas, mas aprofunda o conhecimento sobre a febre, explicando seu papel no sistema imunológico.
Gabarito: Alternativa E.

Crônicas

6.
Longe de pendurar a chuteira
Quem solta a voz para anunciar que “o Maraca é nosso” sabe o que está dizendo. Sentado do lado oficial do Vasco (esquerdo) ou do Flamengo (direito), o torcedor que aguarda uma semana ou mais para vibrar pelo time do coração se sente em casa no Estádio Jornalista Mário Filho, popularmente conhecido como Maracanã (nome de um pássaro).
Essa íntima relação provocada pelos quase 200 mil metros quadrados de complexo de lazer começou há 59 anos, quando o jornalista Mário Filho iniciou sua batalha em prol da construção de um mega estádio para a Copa do Mundo de 1950. Assim como a linha da história, que, por vezes, parece repetir, o Maracanã, inaugurado em estado inacabado para a partida entre jogadores de São Paulo e do Rio (3 a 1 para os paulistas), está prestes a respirar novos ares e entrar, novamente, para a história em 2014, quando o Brasil abrigará a Copa do Mundo.
CALIXTO, Bruno. Caderno 2. Tribuna de Minas. Quarta-feira, 22 jul. 2009. p. 6. 

Esse texto foi publicado em 2009, e o seu assunto é a
a)  impacto dos estádios na economia.
b)  história de um estádio de futebol.
c)  biografia do jornalista Mário Filho.
d)  paixão pelo Vasco e pelo Flamengo.
e)  técnicas de construção de estádios no século XX.

Passo 1: leitura atenta e contextualizada
Peça aos estudantes que leiam o texto com atenção e depois debatam em grupos: “Sobre o que o texto está discorrendo?”, “O foco está em um evento específico, em uma pessoa ou em um lugar?”. Explique que o texto é uma crônica jornalística com informações históricas e culturais, que busca ressaltar a importância simbólica e histórica do Estádio do Maracanã.
Passo 2: identificação dos elementos-chave do texto
Ajude os estudantes a localizarem informações essenciais: o nome oficial do estádio e seu apelido (“Maracanã”); a origem da construção, associada à Copa de 1950; a relação afetiva com torcedores; a menção ao jornalista Mário Filho, mas apenas como personagem secundário; a expectativa pela Copa de 2014. Esses elementos mostram que o assunto central é o próprio estádio e sua trajetória ao longo do tempo.
Passo 3: análise do foco temático
Incentive os estudantes a refletirem com perguntas como: “O texto discorre mais sobre a Copa ou sobre o estádio?”, “Mário Filho é o foco principal ou apenas citado como parte da história?”, “O texto está narrando fatos de forma afetiva e histórica sobre qual elemento?”. Oriente-os a perceber que o estádio é o eixo condutor da narrativa, com dados históricos e menções afetivas ao seu papel no futebol brasileiro.
Resposta:
Embora mencione a Copa de 1950, a de 2014, e o jornalista Mário Filho, o assunto principal do texto é a história do Maracanã, seu simbolismo e importância no futebol nacional.
Gabarito: Alternativa B.

7.
Em maio de 2015, uma associação de apoio a pessoas com câncer do Canadá entrou para o Livro dos Recordes ao promover um corte de cabelos coletivo. 267 pessoas, sendo 30 mulheres, ficaram carequinhas da silva por uma boa causa.
Disponível em: <http://migre.me/rT7T2>. Acesso em: 22 out. 2015. 

No texto, a expressão “carequinhas da silva” foi utilizada para
a)  destacar o número exato de participantes do evento. apresentar o nome de um novo corte de cabelo.
b)  enfatizar o fato de as pessoas rasparem todo o seu cabelo.
c)  fazer uma piada com as pessoas que têm esse sobrenome.
d)  informar o nome e o sobrenome dos membros da associação.

Passo 1: leitura atenta e contextualizada
Peça aos estudantes que leiam o trecho do texto e depois reflitam: “O que o autor está tentando transmitir com a expressão ‘carequinhas da silva’?” Explique que o texto descreve um evento e que a expressão em pauta faz parte de uma linguagem figurada para ilustrar a ação de raspar o cabelo, com um tom descontraído.
Passo 2: identificação do uso da expressão
Ajude os estudantes a perceberem que a expressão “carequinhas da silva” é usada para se referir a pessoas que ficaram sem cabelo devido ao corte coletivo. O termo "carequinha" é uma forma carinhosa e até engraçada de se referir àqueles que ficaram sem cabelo, especialmente ao enfatizar que é por uma causa positiva, relacionada à doação e apoio a pessoas com câncer.
Passo 3: análise da intenção da expressão
Pergunte aos estudantes: “Qual é a intenção de usar a palavra ‘carequinhas’ de forma descontraída?” Oriente-os a perceber que o termo “carequinha” é uma forma leve e humorada de se referir a alguém sem cabelo, dando um tom mais suave e positivo à ação de raspar a cabeça. Da mesma forma, a expressão idiomática “da Silva” é usada para enfatizar a palavra que acompanha, no caso, “carequinha”. A expressão pode ter surgido como uma brincadeira há muito tempo, associando o sobrenome Silva, muito comum no Brasil e em Portugal, a um estado extremo ou intensidade.
Resposta:
A expressão “carequinhas da silva” tem a finalidade de enfatizar de forma descontraída e simpática o fato de as pessoas terem raspado o cabelo como parte de uma causa solidária.
Gabarito: Alternativa C.

8.
Tudo sobre você mesmo
A partir de março, a Polícia Federal dará início a um processo gradual de substituição das atuais carteiras de identidade. Em seu lugar, virá o RIC, Registro Único de Identidade Civil, considerado um dos mecanismos de identificação mais seguros do mundo. O novo cartão vai reunir as informações de vários documentos, com a finalidade de provar, acima de dúvidas, a identidade do usuário. É uma forma de acabar com as fraudes e duplicidades em serviços públicos.
O cidadão põe o polegar no leitor biométrico e pronto: em um instante a autoridade saberá tudo sobre ele. Isso é bom ou é ruim?
A nova identidade deverá facilitar a vida do cidadão. Em breve, será possível visitar um posto do INSS e ter acesso imediato a contribuições, débitos e pendências. O eleitor, por sua vez, poderá votar em trânsito, de onde estiver. Basta levar o cartão RIC a qualquer terminal público do país. E confirmar a identidade colocando o polegar em um leitor de digitais.
Época. Globo, n. 559, 2 fev. 2009, p. 99-100. [Fragmento]

O texto anterior trata do(a)
a)  uso de mecanismos para segurança pública.nova carteira de identidade no Brasil.
b)  fim das fraudes durante as votações.
c) vantagens da digitalização de documentos. trabalho de investigação da Polícia.

Passo 1: leitura atenta e contextualizada
Peça aos estudantes que leiam o texto com atenção e respondam: “Sobre o que é, de modo geral, esse texto?”, “O que está sendo apresentado como novidade?”. Explique que o texto é um fragmento informativo, que trata de uma mudança oficial no sistema de identificação dos cidadãos brasileiros: a substituição da antiga carteira de identidade pelo RIC (Registro Único de Identidade Civil).
Passo 2: identificação dos elementos-chave do texto
Ajude os estudantes a localizar as informações principais: “substituição das atuais carteiras de identidade”, “virá o RIC, Registro Único de Identidade Civil”, “reunir as informações de vários documentos”, “a nova identidade deverá facilitar a vida do cidadão”. Esses trechos deixam claro que o foco principal do texto é a nova identidade digital e biométrica no Brasil.
Passo 3: análise do foco temático
Oriente os estudantes com perguntas como: “O texto está explicando um serviço específico, como o INSS ou o voto?”, “Ou esses exemplos são usados para mostrar as funcionalidades do novo documento?”, “O que está sendo apresentado como novidade principal?”. Ajude-os a perceber que o foco não está em um serviço isolado, mas na criação e implantação da nova identidade nacional, o RIC.
Resposta:
Embora o texto mencione serviços como o INSS e o voto, esses são apenas exemplos das funcionalidades do novo documento. O tema central é a implantação da nova carteira de identidade no Brasil, o RIC.
Gabarito: Alternativa B.
9.
A revolução genética chega ao dia a dia
O mundo já está vivendo uma nova revolução,a genética, que promete dominar a medicina e boa parte da indústria. Médicos e biólogos descobriram que está nos genes a origem e a cura para um muitas doenças. Ao mesmo tempo, os cientistas constataram que a manipulação do material genético a própria essência da vida pode trazer progressos até há pouco tempo inimagináveis no desenvolvimento de novos alimentos, remédios e produtos químicos.
Não há consenso sobre, até que ponto, é possível brincar de Deus e criar seres vivos em provetas de laboratório. Mas o homem já desenvolve ferramentas para recriar o próprio homem. Os resultados dessas intervenções, no entanto, ainda é um mistério.
KONDER, Leandro. In: O Globo. 6 mar. 1994 (adaptado). 

Na expressão “brincar de Deus”, o autor tem a intenção de afirmar que o ser humano
pretende
a)  criar a vida.
b)  inventar ferramentas.
c)  questionar as religiões.
d)  divertir-se no laboratório.
e)  desenvolver alimentos saudáveis.

Passo 1: leitura atenta e contextualizada
Peça aos estudantes que façam uma leitura cuidadosa do texto e respondam: “Qual é o tema central dessa reportagem?”, “Que tipo de avanço está sendo discutido?”. Explique que o texto trata dos avanços da engenharia genética e das possibilidades (e dilemas) que ela traz para a ciência e para a sociedade.
Passo 2: identificação dos elementos-chave do texto
Oriente os estudantes a localizar trechos fundamentais: “a manipulação do material genético a própria essência da vida”, “criar seres vivos em provetas de laboratório”, “recriar o próprio homem”. Esses fragmentos mostram que o texto está abordando o poder da ciência de intervir na criação da vida, algo que antes era considerado exclusivo da natureza ou de uma divindade.
Passo 3: análise da expressão figurada “brincar de Deus”
Provoque reflexões com perguntas como: “O que significa ‘brincar de Deus’ nesse contexto?”, “O autor está dizendo que os cientistas estão se divertindo ou está se referindo ao poder que eles estão assumindo?”. Conduza os estudantes à compreensão de que a expressão é uma metáfora que sugere a ambição humana de assumir o papel de criador, ou seja, de criar a vida em laboratório, o que tradicionalmente é visto como um poder divino.
Resposta:
A expressão “brincar de Deus” é usada de forma crítica e reflexiva, para apontar o desejo
humano de dominar a criação da vida por meio da manipulação genética. Gabarito: Alternativa A.

10.
Vegetarianos fazem mal ao meio ambiente?
Um vegetariano substitui os alimentos de origem animal por soja e lentilha, por exemplo.
A Inglaterra, especificamente, importa boa parte desses produtos. Se precisasse plantá-los em seu território, o espaço dedicado à agricultura teria que aumentar muito mesmo levando em conta a redução da área dedicada à plantação de grãos para alimentar animais de abate (gado).
Colocando na ponta do lápis, o impacto dessa mudança seria maior do que os atuais efeitos negativos dos pastos e isso inclui a emissão de gás metano provocada pela flatulência (gases) dos animais. Além disso, os substitutos da carne passam por um processo industrial que consome uma grande quantidade de energia. A fabricação de proteína de soja, por exemplo, consome mais energia do que a transformação de carne bovina em hambúrguer, o que significa mais carvão queimado nas usinas.
MURPHY-BOKERN, Donald. Galileu. set. 2010 (Adaptado). No texto anterior, a afirmação irônica, mas que promove uma reflexão, é a de que

a)  os animais sofrem de flatulência.
b)  os vegetarianos fazem mal ao planeta.
c)  o hambúrguer bovino é rico em proteínas.
d)  a Inglaterra pretende aumentar seu território.
e)  a carne pode ser substituída por outros alimentos.

Passo 1: leitura atenta e contextualizada
Peça aos estudantes que leiam o texto com atenção e depois levantem hipóteses com perguntas como: “O texto está defendendo uma ideia ou provocando uma reflexão?”, “Há alguma contradição intencional no título ou no desenvolvimento?”. Explique que o texto traz um ponto de vista inesperado e irônico ao sugerir que uma prática considerada ecologicamente correta o vegetarianismo poderia causar mais danos ambientais do que se imagina.
Passo 2: identificação dos elementos-chave do texto
Oriente os estudantes a destacar os argumentos apresentados: a substituição da carne por soja e lentilha, muitas vezes importadas; o aumento da demanda por terras agrícolas, mesmo com a redução dos pastos; o alto consumo energético do processamento de alimentos vegetarianos industrializados. Esses dados apontam para um efeito ambiental negativo contrário ao senso comum, o que sustenta o uso da ironia no título.
Passo 3: análise do efeito de sentido da ironia
Provoque reflexões com perguntas como: “É comum pensar que ser vegetariano pode prejudicar o planeta?”, “O autor realmente está atacando os vegetarianos ou está problematizando um tema complexo?” Conduza os estudantes a entender que a frase “vegetarianos fazem mal ao planeta” é usada de forma irônica para chamar a atenção para as contradições e desafios ambientais da produção e consumo de alimentos, inclusive os de origem vegetal.
Resposta:

O título do texto é irônico e provoca o leitor a refletir sobre o impacto ambiental real de certos hábitos alimentares. A ideia de que vegetarianos prejudicam o meio ambiente vai contra o senso comum e, por isso, gera surpresa e reflexão.
Gabarito: Alternativa B.

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